29 janeiro 2015

"Não se administra uma cidade a 'golpes de facão' '', disse vereador sobre a atual gestão de S. A. de Jesus

Durante a noite da última quarta-feira (27) onde foi proposta uma reunião na qual iriam ser apresentadas soluções com participação popular para o problema de derrubada das árvores das praças em Santo Antônio de Jesus, considerada por alguns como excessiva e desorganizada. O vereador e professor do município, Uberdan Cardoso (PT) falou que iria sair da reunião com sentimentos de felicidade, pois de acordo com ele, a sociedade civil não se encontra anestesiada. “Houve manifestações no bairro São Benedito, hoje está ocorrendo um protesto qualificado na Câmara de Vereadores para debater o assunto cidade e política, que constitui a ética do lugar onde  um indivíduo vive. Se o poder público achava que poderia resolver os assuntos de ‘cima para baixo’ foi importante ver que as pessoas estão atentas, vivas e não vão permitir que as coisas ocorram de forma avassaladora, com ‘canetadas’”, relatou, pontuando também que uma cidade sem árvores é uma cidade sem vida, “não se trata apenas de defesa de árvores que seria uma defesa justa, mas a defesa é que o município tenha um programa de desenvolvimento urbano elaborado com participação do povo. Todos sabem que a população queria uma praça, mas que tipo de praça vai existir? Que espécie de local público foi pensado para o município, um espaço democrático, de lazer, entretenimento? Então não dá para um gestor achar que é um deus mitológico onde tudo que toca vira ouro. O administrador tem de ser um interlocutor entre os trabalhos que faz e a cidade que representa, não dá para achar que ele vai governar para uma minoria, dentro de uma sala com caneta na mão e ar-condicionado achando que sabe de tudo.
Têm de caminhar pela cidade, entendendo que os espaços públicos não devem ser  patrimonialistas”, declarou. A respeito da Praça São Benedito onde é alegado pela gestão que se trata de uma demora na questão dos repasses por parte da CONDER (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), o entrevistado disse que deve dito ao povo, o motivo na demora de entrega. “As pessoas se rebelaram com a qualidade do serviço que foi empregado na construção da Praça, o material é de péssima qualidade e o povo está vendo isso, ninguém é mais bobo. A gente não quer só o São João muito bom, o projeto de praças em 3D, queremos é qualidade de vida, educação a qual não está sendo pautada como prioridade, os postos de saúde, nos quais faltam remédios e materiais. Não adianta pensar no grande se as pessoas carentes estão sofrendo. Precisamos debater sobre a cidade do futuro que queremos”, disse.
Espaço da Biblioteca: Local usado para leitura e expansão de conhecimentos no município santoantoniense está sendo criticado atualmente por grande parte da população, por atualmente estar com várias barracas, até de comerciantes da Praça Padre Mateus que precisavam ser realocados por causa da reforma. Uberdan não deixou de expressar sua opinião. “Acho vergonhoso, não se administra uma cidade a golpes de facão, mas é necessário planejamento. Estudantes utilizam a biblioteca como lugar para estudos e não se pode conviver com a fedentina, barulho de comércio. Eu não ia ficar satisfeito com um filho (a) minha que fosse estudar e saísse numa ambiente barulhento. O problema está na gestão, não se governa uma cidade dessa forma. Acho que o prefeito tem de sair do gabinete para visitar a cidade que ele ama, tanto que se capacitou para estar na função, porém o que é preciso fazer é ter menos apadrinhamentos e mais eficácia, construindo um futuro de qualidade para as pessoas que vivem na cidade, essa é a grande pauta de reconhecimento de um gestor, com a capacidade de ser um interlocutor da sociedade com a administração”, concluiu.