Karine Cristina e Wanderson dos Santos, membros da unidade da Vigilância Epidemiológica em Santo Antônio de Jesus foram entrevistados pela Rádio Recôncavo FM na manhã desta quarta-feira (15), para esclarecer mais detalhes sobre a febre Chikungunya sendo o primeiro caso suspeito da doença no município. Os representantes iniciam suas falas explicando que houve um episódio registrado, mas não confirmado de uma pessoa que reside no Bairro Alto Santo Antônio, cuja casa e proximidades foram verificadas, contudo não foi encontrado foco algum do mosquito transmissor. “A pessoa disse que esteve em outra cidade e chegou aqui apresentando inicialmente outros sintomas, exames foram efetuados para verificar se seria um caso de dengue, porém, o resultado deu negativo, como havia semelhanças compatíveis com a febre Chikungunya, então foram enviadas amostras de sangue para um laboratório no Paraná fazer a averiguação. Não houve outros casos suspeitos na cidade”, relata.
Perigos relacionados à doença: Segundo Wanderson, a Chikungunya é mais perigosa que a dengue. “Existem alguns fatores que comprovam a gravidade da enfermidade em comparação a dengue. A doença pode evoluir para o estado crônico e as pessoas podem passar a vida inteira com crises de dores nas articulações, como por exemplo, se tiver o alojamento da doença no pulso, o indivíduo no estágio crônico sempre vai sentir dor no local”, explica o entrevistado. A jovem informa que o significado do termo Chikunguya é “aqueles que se dobram”. “Justamente porque o portador da doença pode sentir dores de tal modo que fica encurvado, até sem poder se levantar”, declara. Segundo a entrevistada, as características iniciais da epidemiologia são: “Febre acima de 38,5 graus, dores nas juntas e formação de edemas nas articulações. Pedimos que caso uma pessoa venha a apresentar esses sintomas, vá imediatamente a uma Unidade de Saúde e evite a automedicação”, relata. Karine conta ainda que em Santo Antônio de Jesus esteja havendo uma intensa divulgação dos métodos de prevenção contra a febre, para que não ocorra um surto assim como está tendo em Feira de Santana. “Corremos o risco da moléstia se desenvolver no município, mas estamos trabalhando constantemente junto com os agentes de endemias e a população para que isso não venha a acontecer e caso advenha, que seja com o mínimo de casos possíveis. Estamos fazendo uma preparação intensa com os agentes comunitários e endêmicos para construir um bloqueio contra esse vírus no município santoantoniense. Faço um pedido à população, que não deixem água parada, se previnam contra o mosquito transmissor da dengue, que pode também conduzir a Chikungunya. Vamos nos unir para que essa doença não contamine a nossa cidade”, reforça. Os representantes da Vigilância informam que o número para contato é (75) 3632-1687 ou, (75) 3632-4479 (o disk Dengue).