Beber água, beliscar alguma coisa e até dormir são truques que muitas pessoas usam para "enganar" a fome. Mas,
segundo o neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto e a nutricionista
Tânia Rodrigues, existem hábitos que realmente funcionam, como comer e
beber em pratos e copos menores e vermelhos. O
prato pequeno contribui para evitar exageros e, se a pessoa pensar em
repetir, dá tempo de ela ter comido o primeiro prato e passar o tempo
necessário (cerca de 15 minutos) para a mensagem de saciedade chegar até
o cérebro. Além disso, é
importante fazer refeições fracionadas, a cada 3 horas, e se manter
hidratado, pois muitas vezes a pessoa acha que está com fome, mas na
verdade tem sede – os sinais que o cérebro emite são parecidos nos dois
casos. Os grandes vilões para a maioria das mulheres são os doces e para
os homens, a cerveja. Um único copo da bebida tem as mesmas calorias de
um pão francês: 130 kcal. Uma dica
útil dos especialistas para o dia a dia é picar os alimentos, pois
assim o prato fica cheio e o cérebro entende que comeu mais. Mastigar
devagar e ingerir alimentos que facilitam a digestão são outras
sugestões. Com o passar dos anos e a queda do ritmo do metabolismo,
também é importante reduzir a quantidade de alimentos consumida
diariamente. Isso porque, mesmo se a pessoa comer igual sempre, vai
acabar engordando. Para manter 1 kg
de peso, um bebê precisa de 100 kcal. Já uma mulher de 25 a 30 anos,
para preservar o mesmo 1 kg, necessita de apenas 30 kcal.
Temos um
termômetro cerebral chamado hipotálamo. Ele fica em uma parte profunda
do cérebro e avalia como está a pressão sanguínea e os níveis de
glicose, sais minerais, sódio e potássio. O
hipotálamo recebe informações de todo o corpo. Quando falta energia, o
estômago produz um hormônio chamado grelina, também conhecido como
"hormônio da fome", que acende o hipotálamo e faz o indivíduo sair em
busca de comida. À medida que nos alimentamos, a grelina para de ser
produzida e vem a saciedade. Essa sensação ocorre por ação da leptina,
hormônio produzido no tecido adiposo que inibe a vontade de comer. Os
dois elementos essenciais para alimentar o cérebro e ajudar no
funcionamento adequado dos neurônios são a glicose e o oxigênio. Apesar
disso, não adianta só ingerir alimentos à base de açúcar ou que se
transformam logo em açúcar, como as massas. Prefira comidas ricas em
fibras e proteínas, que demoram mais tempo para ser metabolizadas no
organismo. (G1)