13 dezembro 2012

Cão agredido após morte da dona mobiliza vizinhos e consegue internação


"Depois que a história foi parar na internet, apareceu um 'anjo' que se comprometeu a ajudar. Levamos o Joly para essa clínica e a veterinária deu a consulta e os primeiros exames para ele de presente. A primeira diária da internação foi paga pela moça que nos ajudou. Agora, nós estamos correndo atrás de dinheiro para manter ele lá", contou Luci Rodrigues de Freitas, que socorreu o cachorro após a agressão e denunciou o caso através do VC no G1.
Cão agredido após morte da dona mobiliza vizinhos e consegue internação Os moradores da rua criaram uma página no Facebook (Joly Cão) e divulgaram uma conta bancária para receber doações de quem quiser ajudar o cãozinho. Joly não tem previsão de alta, já que o quadro clínico dele se complicou.
"Ele acabou pegando uma infecção no focinho. Agora, vai ter que fazer um tratamento com antibióticos para, depois, passar por nova cirurgia. A gente não sabe quanto tempo vai levar até que ele se recupere", contou a moradora Angela Maria Agapito.

Segundo as moradoras, a diária de internação da clínica custa R$ 140. Nesta sexta-feira (14), o cãozinho deve ser operado novamente e o procedimento deve custar R$ 2.300 (R$ 1.800 da cirurgia e R$ 500 da anestesia).
Moradores indignados
A agressão a um cachorro, na madrugada de terça-feira (11), deixou moradores da Rua Iviti, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, revoltados. O animal teve o focinho destroçado e precisou passar por uma cirurgia.

O cão, batizado de Joly, pertencia a uma moradora da rua que faleceu. Desde a morte de sua dona,  ele passou a viver na rua, mas sob cuidados dos vizinhos que lhe davam água, comida, banho e abrigo em dias de chuva.
Joly foi espancado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio (Foto: Luci Rodrigues de Freitas/Vc no G1)
Foi a dona de casa Luci, de 70 anos, que socorreu o bicho após a agressão. Na manhã de terça-feira, ela estranhou o sumiço de Joly e saiu à procura dele. "Ele estava todo ensanguentado, escondido embaixo de um trailler. Quando conseguimos tirar ele de lá, percebemos que o focinho dele estava um caco", contou a moradora.
Joly foi levado pelos moradores ao Centro de Proteção Animal, na Fazenda Modelo, em Guaratiba, também na Zona Oeste, que é mantido pela Prefeitura do Rio. Lá, o animal foi operado para colocar platina e um fixador externo no focinho.
Agressor não foi identificado
Como Joly foi espancado durante a madrugada, os moradores não sabem quem foi o responsável pela agressão. De acordo com a moradora Angela Maria Agapito, de 58 anos, há pessoas na rua que não gosta do cachorro.

"Nós não podemos afirmar porque não vimos, mas suspeitamos de quem seja. Tem gente que não gosta do Joly porque ele late para os carros. Mas ele é muito dócil, amoroso, nunca mordeu ninguém. Estamos indignados com essa atrocidade", lamentou a moradora.
Fonte: G1