Apesar da preguiça que vem com o clima frio, malhar em temperaturas mais baixas pode aumentar em até 30% a queima de calorias, como destaca Luis Carlos Oliveira, pesquisador do Celafiscs, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Isso acontece porque o corpo queima mais calorias para manter-se aquecido e aumentar a sensação de calor. Assim, as mudanças fisiológicas geradas pelo frio podem potencializar os exercícios e os efeitos das atividades no organismo. "Contudo, não podemos generalizar, pois os resultados dependem da quantidade e da intensidade do exercício e, principalmente, de uma alimentação adequada", acrescenta Oliveira.
O pesquisador faz a ressalva porque quanto maior a sensação de frio, maior a fome, uma vez que em temperaturas baixas o metabolismo pode aumentar o funcionamento em até cinco vezes para manter a temperatura normal do organismo. Por isso, no inverno o consumo de alimentos com grande quantidade de gordura aumenta, podendo deixar os mais sedentários bem acima do peso. Praticar exercícios no frio, porém, requer alguns cuidados especiais. O primeiro deles é usar roupas leves, como calça e casaco de moletom, pois abafar o corpo com muita roupa faz eliminar sais minerais em excesso, o que não é saudável. Outra coisa indispensável é se aquecer e alongar antes de começar a fazer qualquer atividade física, já que em repouso o corpo leva mais tempo para atingir a temperatura ideal para malhar. Além disso, o preparar músculos e tendões diminui a chance de ter uma lesão durante a prática. Por fim, a hidratação antes, durante e depois do exercício é essencial, pois, assim como no verão, o corpo também perde líquido através da transpiração. "Além de ser saudável e apresentar menos riscos à saúde, as atividades tornam o coração menos vulnerável a doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis por cerca de 300 mil de óbitos no país", completa Luis Carlos Oliveira.
