Fazendo o maior sucesso como a policial Jô que se disfarça de dançarina de boate em "Salve Jorge", Thammy Miranda revelou que foi difícil arranjar trabalho após se assumir homossexual. “Ninguém queria apostar em mim. O preconceito existe sim”, revelou em entrevista à “Revista A”. A atriz ainda comentou que sua mãe, Gretchen, se decepcionou com ela mais pelo lado profissional do que pessoal. “O que mais mexeu com a minha mãe foi a expectativa que ela criou em cima de mim, de dar continuidade ao trabalho dela. Não foi nem tanto por ter uma filha homossexual, mas o fato de que o castelo de areia dela foi por água abaixo”, contou. O último capítulo de "Salve Jorge" vai ao ar na próxima sexta-feira (17). Depois da trama, o contrato de Thammy com a Globo chega ao fim. "Pode parecer mentira, mas ninguém me chamou para nada, nem para renovar, nem para qualquer outro trabalho. Por enquanto, estou empenhada nesta última semana de novela, quero fechar com chave de ouro. Minha imagem como pessoa não impede que eu interprete uma mulher extremamente feminina ou qualquer outro papel", declarou ao jornal "O Dia".
Sobre o modo como se veste, com roupas largas, mais masculinas, Thammy disse que espera não ser rotulada por isso, e sim, pelo seu talento e profissionalismo. "Se quiserem me contratar, espero que não seja por causa da imagem que carrego. O papel que posso fazer não depende da roupa que eu visto no meu dia a dia. Sou capaz de fazer qualquer coisa como atriz, mas não mudaria minha imagem como Thammy." A atriz ainda comentou sobre a postura da cantora Maria Gadú, que assumiu ser homossexual. "Eu não faria, por exemplo, como a Maria Gadú, que se maquia para fazer show. Ela é uma artista, eu sei. Mas aposto que no dia a dia ela não é daquele jeito. Ela não vai maquiada a uma festa, ela só vai porque é mais vendável". (MSN).