01 março 2013

A cédula que nunca foi lançada


História: O cruzeiro real (CR$) foi o padrão monetário no Brasil entre 1º de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994. As altas taxas de inflação que marcaram o ano de 1993 levaram o governo Itamar Franco a editar a medida provisória que criou o cruzeiro real, equivalente a mil cruzeiros. Não foram emitidas moedas com valores em centavos nesta moeda, sendo que se consideravam como centavos as cédulas e moedas do padrão anterior na razão de 10 "cruzeiros" por centavo. A grande novidade na linguagem visual das cédulas do CRUZEIRO REAL, período de 1993/94, foi na utilização dos tipos humanos regionais, caracterizadas por seus elementos específicos (aspectos urbanos, atividades e instrumentos de uso). Respeitando estes parâmetros entraram em circulação as cédulas do "Gaúcho" e da "Baiana", valores de CR$5.000,00 e CR$50.000,00, respectivamente. O lançamento da nota de CR$10.000,00 estava planejada para acontecer em 1994. A temática escolhida para ser trabalhada e estampada foi a da mulher "Rendeira".

Reverso
Anverso


Detalhe da Cédula
Cruzeiro Real: Em julho de 1994, com a implementação do "Plano Real", tivemos abortado todo o projeto de lançamento da nota "Rendeira". Surgia então um novo padrão monetário o REAL.
Descrição: O anverso mostra efígie da Rendeira, com os dizeres: "DEUS SEJA LOUVADO" e "RENDEIRA". Verticalmente aparece o símbolo e o nome da empresa responsável pela impressão "CASA DA MOEDA DO BRASIL".


Chancelas: Fernando H. Cardoso e Pedro S. Malan. O reverso mostra afigura de três gerações de mulheres trabalhando na confecção de rendas, com a descrição "RENDEIRAS DE BILRO". Aparecem os utensílios e instrumentos de trabalho, destacando o par de sandálias, recipiente com linha/ tesoura/ agulha, almofadas cilíndricas e os bilros.

A cédula que nunca foi lançada