15 novembro 2012

Adriano chora ao lembrar do pai e defende idas à favela: "Na Barra, não posso nem tomar cerveja


Oito anos após a morte de seu pai, o atacante Adriano mostra ainda não ter superado a maior perda de sua vida. Em entrevista ao canal Fox Sports, o "Imperador" se emocionou e chorou ao lembrar do pai enquanto andava pelas ruas da Vila Cruzeiro, favela onde o atleta nasceu e passou boa parte da vida, antes de virar jogador de futebol e ir jogar no futebol italiano.
"Antes do meu pai morrer, ele falou pra mim: 'Adriano, seja sempre você mesmo'. E eu sou o que eu sou por causa do meu pai. Fico muito emocionado (chora)... Por não ter mais meu pai por perto", disse o jogador. Almir Leite Ribeiro, pai de Adriano, morreu em 2004, poucos dias depois do filho tornar-se herói nacional ao fazer um gol nos acréscimos na final da Copa América, contra a Argentina, e ajudar o Brasil a ser campeão nos pênaltis. 
Adriano faz pronunciamento para explicar saída do Flamengo após série de polêmicasFla Imagem 
O "Imperador" também defendeu suas visitas à Vila Cruzeiro. Segundo o atacante, a favela é o único lugar onde ele pode ser "o Adriano de verdade". O jogador também ressaltou que não vai à favela para fazer nada ilegal. 
"Eu não venho pra cá (Vila Cruzeiro) para usar drogas. Eu venho para cá para ser o Adriano de verdade. Todo mundo me julga porque eu vou na comunidade, mas na Barra eu não posso nem tomar cerveja que já dizem que estou embriagado. Aqui na comunidade eu sou igual a todo mundo", desabafou Adriano, antes de soltar mais reclamações.