
Mais: há também, de acordo com o laudo, a possibilidade de que haja sangue de outra mulher, além do de Elize, nas amostras de sangue feminino que foram coletadas. A polícia de São Paulo deverá agora pedir o cotejamento de seu perfil genético com o perfil genético do sangue feminino encontrado para saber se outra mulher também fez parte do crime. ?Não resta dúvida, pela conclusão do laudo, que um homem participou do esquartejamento. E para haver sangue dele, é porque ele se machucou enquanto manuseava faca ou outro objeto cortante para dilacerar o cadáver?, disse à ISTOÉ a especialista em perícia criminal Rosângela da Rocha Souza. ?Eu tenho a percepção da coautoria no crime. Pelo menos depois de o tiro ter sido dado?, diz o promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, responsável pela acusação da ré. O laudo deixa claro que as manchas de sangue são contemporâneas, ou seja, são do evento do corte do corpo e não há amostra anterior a ele?, diz Rosângela. ?O advogado de defesa, que estava presente e que pelas leis do País validou a prova estando ali, não registrou que se cortou, assim como nenhum perito o fez. Então o sangue é de outro homem que participou do esquartejamento.? A rigor, a exclusão de todos os homens que pisaram o apartamento na noite de 6 de junho, quando foi feita a perícia, é fácil de ser operada: basta que cada um forneça material genético para comparação. O laboratório de DNA do Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística é o mais conceituado da América Latina, com equipamentos de ponta também utilizados, por exemplo, nos EUA, na Alemanha e na Itália.