
Para Fernanda Rodrigues Lima, reumatologista e coordenadora do Laboratório de Condicionamento Físico do Hospital das Clínicas de São Paulo, a técnica é atual. "A proposta é fazer exercícios de alta intensidade em um curto período. Estudos recentes mostram que essa opção tem resultados semelhantes às práticas menos intensas de longa duração." De acordo com a reumatologista, o método já passou por várias pesquisas entre os anos 80 e 90 e todas comprovaram sua eficiência. "Depois disso, deixou de ser citado. Interessante voltar agora." A técnica tem uma versão para homens, chamada de 5BX, e outra para mulheres, a XBX. São cinco exercícios (as fotos ao lado mostram os tipos de movimento). A intensidade e o número de repetições seguem tabelas que variam de acordo com a idade e com o grau de dificuldade. Segundo Lima, quem tem hipertensão, problemas no coração ou nas articulações não deve fazer o programa. "Alguns exercícios desgastam as articulações e podem causar danos a pessoas com reumatismo." Na dúvida, é melhor procurar um médico antes de iniciar a atividade.
REPETIÇÃO
"O método funciona, mas pode se tornar desinteressante depois de um tempo. É muito técnico, sem momentos de brincadeira", afirma Raul Santo de Oliveira, professor de fisiologia do exercício da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Outro ponto negativo, de acordo com o fisiologista, é que a rotina é solitária e, por isso, pode não ser interessante para idosos. "Nesta fase, a atividade física deve levar em conta a socialização." Para o diretor técnico da rede de academias Bio Ritmo, Saturno de Souza, os exercícios do método continuam sendo usados, mas de forma diferente. "Usamos aparelhos e integramos os movimentos em rotinas mais variadas." Segundo Souza, a prática trabalha músculos importantes nas regiões da coluna lombar, da bacia e da pélvis. Mas, para ele, as técnicas atuais têm melhores resultados. "Hoje, há sequências específicas de alongamento e séries para a parte aeróbica."