
"Esta relação pode ser particularmente forte em certos subgrupos para os quais a masculinidade tem tradicionalmente grande valor, como os homens latino-americanos", acrescentou. De fato, o estudo mostrou que a infidelidade aumenta notoriamente quando o homem que ganha menos que seu cônjuge mulher é latino, provavelmente porque sustentar economicamente a família "é um dos traços que definem a masculinidade entre os hispânicos".
Por outro lado, o mesmo estudo mostrou que os homens, cujos pares são mais dependentes dele, também são mais propensos a serem infiéis, o que se torna uma situação sem saída para as mulheres. No entanto, é diferente no caso delas.
Se uma mulher é o arrimo econômico (principal responsável pelo sustento) da família, também é mais propensa a enganar seu companheiro, enquanto que, se ela depende de seu marido, é menos provável que seja infiel a ele. No geral, as mulheres são 50% menos propensas a enganar seus companheiros, sejam quais forem as circunstâncias, segundo o estudo: 6,7% dos homens nos Estados Unidos foram infieis as suas mulheres num período de seis anos, contra 3,3 das mulheres. "A feminilidade das mulheres não está definida por seu status econômico, e também não se define por suas conquistas sexuais. Portanto, a dependência econômica não é uma ameaça à feminilidade", afirma Munsch. "Mas, em função da dupla moral sexual, é provável que a dependência econômica leve as mulheres a serem mais fieis". O estudo indica que "quanto maior a educação, menor é a probabilidade de que elas sejam infiéis", o que parece indicar que a melhor maneira de evitar a traição sem renunciar a um trabalho bem remunerado, seria procurar um par numa biblioteca, num laboratório ou numa conferência. Munsch analisou dados de 1.024 homens e 1.559 mulheres casados ou concubinos há menos de um ano.