Em busca de seu milésimo gol, o atacante do Tanabi-SP e ex-vereador de Goiânia, Túlio Maravilha, teve seu nome envolvido com Carlos Cachoeira. O contraventor foi preso pela Polícia Federal (PF) em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, que buscou apreender a quadrilha de máquinas caça-níquel, em Goiás.
De acordo com o jornal "O Globo", o ídolo do Botafogo teve seu nome citado em telefonemas de Cachoeira, gravados pela PF entre os dias 11 e 31 de março de 2011, além de pedir ao empresário cerca de R$ 30 mil reais, naquele mês. Em uma conversa no dia 13 com Geovani Pereira, seu contador, Cachoeira diz que Santana Gomes, vereador de Goiânia pelo PMDB, mesmo partido que levou o jogador à Câmara, havia descoberto o que Túlio queria com ele: que Carlinhos assumisse um cargo fantasma em seu gabinete.
Ainda segundo a publicação, existe uma fita com "imagens comprometedoras" de Túlio com o prefeito da cidade, Paulo Garcia, do PT. Esta estaria sob posse de Luciano Pedroso, do PSB, substituto do jogador na Câmara, em setembro do ano passado, quando o atleta decidiu jogar pelo Bonsucesso, ou com um homem identificado como Urto. Em nova conversa com Cachoeira, Santana afirma que o conteúdo desta fita, a qual não tornou-se pública, era "uma bomba". Para comprá-la, o vereador diz que Luciano Pedroso pediu R$ 300 mil reais, além de dois cargos políticos. Levy Leonardo, advogado de Túlio, confirmou que o jogador recebeu os R$ 30 mil de Cachoeira, mas na sua campanha para deputado estadual, em 2010. O motivo para a colaboração, segundo Levy, deu-se pelo fato de Cachoeira torcer pelo Botafogo. "O Túlio é uma pessoa muito carismática. Ele se envolve com as pessoas, conhece bastante gente. Um dado importante é que Cachoeira é botafoguense. Pode ter vindo daí esse conhecimento dele com o Túlio. Mas envolvimento em negócios, esquemas, nunca houve", defendeu.