A Assessoria de Imprensa das Forças Armadas dos Estados
Unidos informou, nesta sexta-feira (06), que O Centro Médico Militar de
San Antonio (Texas) desenvolveu uma vacina que reduz as taxas de recorrência do
câncer de mama.
Segundo George Peoples, diretor e pesquisador principal do
Programa de Desenvolvimento de uma Vacina para o Câncer, a vacina, denominada
E-75, passará em breve à fase final de testes para obter a aprovação da Direção
de Alimentos e Remédios.
George explicou que as vacinas contra o câncer apontam a uma
proteína ou antígeno expressado nas células do câncer,e a idéia é treinar o sistema imunológico para que
reconheça essa proteína, ou porção de proteína, que aparece em excesso nas
células do câncer, mas não nas células normais.
A equipe da pesquisa decidiu que testariam a vacina entre
pacientes com um sistema de imunidade robusto, ou seja, sobreviventes do câncer
que estão livres do mal, mas com risco de uma recorrência, e não em pacientes
em estado terminal, uma vacina tem a intenção de estimular o sistema de
imunidade, que é algo que não se encontra habitualmente nas pessoas com câncer
terminal. "Não é para se surpreender com o fato de que muitas das
vacinas testadas com pacientes na etapa final do câncer não tivessem bom
resultado", disse George.
Os testes começaram em 2001 com 220 pacientes e os
pesquisadores fizeram um acompanhamento das mulheres durante cinco anos. A
metade das mulheres recebeu a vacina, que é uma injeção mensal por seis meses,
e a outra metade foi o grupo de controle.
George comemora o resultado, que para ele foi muito
promissor, a taxa de recorrência do câncer foi de 20% entre o grupo de controle
e de 10% entre as mulheres que receberam a vacina.
Com esse resultado positivo, leva à uma nova etapa de testes
que começará este ano e envolverá de 700 a 1.000 pacientes.
George ainda afirma que desta vez será ao contrário dos
períodos anteriores, pois esta fase será
por conta da companhia comercial Galena Biopharma que buscará a aprovação do
governo para o uso público da vacina.
As informações são do Folha